quinta-feira, 21 de abril de 2016

O carrinho de metal e a vida real

 Com uma jogada de marketing muito bem feita, unindo o filme de Hollywood “Caça-Fantasmas” e algumas fabricantes de brinquedos, o carro e a imagem temática do Blockbuster se tornou (por uma quase unanimidade) o mais querido e procurado entre os aficionados. 

 Existe uma máxima entre os colecionadores, de que para ser reconhecido com tal, se deve ter um destes. - Há quem não se importe nem concorde com a "regra" do ditado, há quem siga à risca, mas dificilmente há quem não gostaria de ter um. (Nuanças de um hobby que gera brincadeiras e histórias). 

 E por falar em história, observando a história do carrinho de metal e a da nossa vida real, percebo alguns fatores em comum: A caça diária ao cumprimento das nossas responsabilidades; a luta interna contra as “assombrações” passadas e os medos futuros; o lúdico pedindo um espaço na dura realidade que, muitas vezes, não nos permite sonhar, nem lutar... Apenas correr.

 Ganhei de presente o famoso Ecto-1 (o carrinho do filme que leva pessoas que “Caça Fantasmas, profissionalmente”), e claro, fiquei feliz. – Charmoso e saudoso, o danado!

 Conforme olhava o brinquedo, fazendo um rápido exercício comparativo, penso – e entendo – o porquê, quem sabe, de ser uma miniatura tão cobiçada. Ora, todos nós entramos neste “carro” todos os dias. 

 Júlio Verne disse certa vez: “Um dia visitaremos a Lua e os planetas com a mesma facilidade com que hoje se vai de Liverpool a Nova York.” 
Tenho certeza que muitos acreditaram que isto era pura fantasia. Hoje, não mais. O mesmo escritor também disse: “Não se constrói algo grande sem uma imaginação exagerada”.

 Acredito que nesta pantomima que é a vida, nesta peça, neste palco do qual Shakespeare falava de forma tão intensa, o perigo não é, como muitos dizem, em ter cuidado em quantos litros de realidade e ficção colocamos no tanque dos nossos desejos. 

 É obvio que devemos fugir do extremismo, contudo, tamanha obviedade deveria também ser vista para não colocarmos o lúdico no porta-malas do nosso carro, e nos proibirmos não só de caçarmos os nossos problemas, mas principalmente em não deixarmos de caçar nossos sonhos. Mesmo que hoje pareçam apenas fantasias!   
  

Lucas Henrique e seu ecto-1

Um comentário:

  1. bem legal a materia....seja bem vindo a esse hobby de loucos....abçs Jean - bacabal MA.

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